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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Escola notável

Quando dizemos que uma instituição de ensino é notável, podemos ser interpretados de várias formas: o ensino é de excelência, a escola possui uma infraestrutura muito boa, os professores são muito competentes, os alunos são estudiosos intelectuais e etc. A notabilidade da Universidade Alemã de Frankfurt-am-Main provém, logo, de seus alunos cujos nomes são citados tanto no campo sócio-econômico, intelectual e na formação de mentes; note-se que vornames como Adorno, Horkheimer,Walter Benjamin, Marcuse, Löwenthal, Neumann e Habermas entre outros, são mencionados como discípulos da brevemente chamada Escola de Frankfurt. Sobretudo, a Escola de Frankfurt é integralmente estudada, atualmente, nas graduações universitárias de todos os cursos de Humanidades, preservando as teorias corroboradas pelos estudiosos.
Um grupo de filósofos e cientistas sociais e políticos formaram tal corrente de pensamento a qual embasava-se nas teorias marxistas no século XX. Citar apenas alguns feitos inteligíveis dessa corrente seria uma injustiça sem parola, todavia destacam-se dois conceitos que são mais cognocíveis no nosso cotidiano: indústria cultural e cultura de massas. Aquela fundamentada pelos filósofos e sociólogos Theodor Adorno e Max Horkheimer tem por definição a análise da função da cultura e do capitalismo, relatando que a cultura está ligada à conversão da mesma em mercadoria, tal sendo utilizada por parte da classe dominante de modo que a produção cultural e intelectual possa ser conduzida pela possibilidade de consumo mercadológico (monopólio). A cultura de massa igualmente reconhecida pelos mesmos, define-se por toda aquela cultura produzida para os destinatários pertencentes à população em geral, desconsiderando as diferenças étnicas e sociais, veiculada pelos meios de comunicação de massa.
A Escola de Frankfurt fora fortemente tocada pelos ideias marxistas, embora, inicialmente, não adotarem o espírito do marxismo vigente na época e mostrarem o anticomunismo nas dependências acadêmicas, o instituto preenchia a lacuna intelectual socialista das universidades alemãs. Indelével é a postura de análise crítica e solícita a todos os problemas culturais do século XX, sobretudo por não ser uma escola no sentido literal e coexistirem vários interesses dos pensadores que compõe essa corrente, há uma certa dificuldade em inserir e sistematizar o ideal dos denkers.
Infelizmente, com a ascensão do chanceler Adolf Hitler, os pensadores, em sua maioria judeus, refugiaram-se em Genebra, por conseguinte em Paris e finalmente na Universidade de Columbia, em NYC. A medida que as ideias frankfurtianas difundiam-se, os trabalhos representados tornavam-se cada vez mais admiráveis, tendo participações na Psicanálise (Frömm e Marcuse) e na contenção bélica (Marcuse e Löwenthal). Enfim, com a morte de Theodor Adorno, iniciam-se os trabalhos do segundo período da Escola de Frankfurt a qual representada por Jürgen Habermas é composta por análises de Adorno e da Teoria Crítica da Sociedade, tema brevemente abordado nos próximos posts. Assim, encerra-se a história da Escola de Frankfurt com o prosseguimento do segundo período, pouco difundido atualmente, apesar de representar a tradição de um celeiro filosófico muito importante para a formação intelectual da Humanidade.

2 comentários:

  1. Ai menino CDF! ;D
    E aí negão.. me conta novidades dos vestibas e tudo mais!
    =*

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  2. Infelizmente eu não passei no largo, não passei na unesp também, nem na ufop, mas deram certo a ufg (veterinária) e a mack (direito); enfim cursinho again!

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