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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Roterdã e seu ''Errasmo''

Tomo por base, agora, o acadêmico, teólogo e humanista Erasmo de Roterdã, um filósofo pouco conhecido, todavia muito importante para a formação religiosa e seus preceitos. Era um grande estudioso, embora não tomasse partido na época da reforma luterana, apresentava tais traços que o interpretavam como protestante. Na verdade, Erasmo fora um perfeito hesitante: vezes não queria ferir os dogmas que tanto cultivava de Santo Agostinho, vezes não concordava com as atitudes do clero vigente. Criado dentro do monastério, ele, após iniciar a vida acadêmica, resolve tomar para sua vida, uma literatura independente, de país, cultura ou academia. Talvez, daí seu pequeno reconhecimento, entre as notoriedades, decorra.
Erasmo, até então, viajante nômade, refugia-se na Basileia (Suíça) em um local totalmente neutro e desprovido de cobranças ou falsos elogios. Nos Alpes, inicia os seus esforços empenhado em ajudar o rei Carlos III da Espanha, através de textos, ou sermões. Em um desses textos, confecciona uma obra notória até nos dias de hoje: Elogio da Loucura. Dedicando-o a um amigo, sem querer, tornou-se um grande catalisador para a Reforma Protestante.
Na obra, o espírito satírico do início cede lugar ao sombrio, em orações. A loucura dessa mudança é a apreciação da característica depreciativa, logo seguida pelo uso da sátira à Igreja Católica Romana e seus abusos supersticiosos quanto a riqueza. Por fim, Erasmo deixa um depoimento ensaista de despedida, o qual relata suas experiências monásticas.
Há de se mencionar também a contribuição de Erasmo de Roterdã na retórica e alusão à luxúria uma vez que elogia às coisas sem valor (adoxografia). Corrobora para a oratória e além de ser um grande intelectual, Erasmo de Roterdã é um tópico que merece mais atenção, mesmo sendo, talvez, hesitante em suas escolhas.

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