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domingo, 28 de fevereiro de 2010

O ''santo'' matrimônio

Uma vez, certo padre diria: '' para falar ao vento são necessárias palavras; para falar ao coração são necessárias obras''; era mais um trecho retirado dos sermões de Antônio Vieira, aquele abade português que vivia no Brasil. Inicio assim, mais um post não relacionado à filosofia e sociologia, como costumeiramente eu o fazia. Abordo uma frase do Padre Antônio Vieira, grande entusiasta do casamento por interesses econômicos; descoberta por uma releitura de seus sermões, essa situação é demasiadamente corriqueira em nosso cotidiano, uma vez (várias vezes) negada por homens e mulheres do nosso país varonil.
Aquela união arranjada perdeu a vez, logo tomou partido a união financiada; como diria um romance globalmente visto: o amor se constrói, ou seja, não existe um sentimento formado antes de ter uma casa em um bairro bom, mobília nova, carro do ano e dinheiro no banco. Em certa parte, concordo com o princípio feminino de estrutura formada. Actualmente, é raro aquele relacionamento não-fundado nos padrões internacionais do commonwealth.
Pois bem, o santo matrimônio fora cambiado por um jogo de interesses e de falsa pretensão: leva quem tiver o ego mais alto. As medidas religiosas de ''na riqueza ou na pobreza'' caíram por terra e tudo o que restou foi o dogma histórico-religioso do capitalismo. Já dizia Nelson Rodrigues, exímio dramaturgo nacional, que o dinheiro compra até um amor verdadeiro; infelizmente esse é o retrato atual BÁSICO das relações afetivas. Ratificando novamente que existem romances autênticos, embora escassos, perduram.

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